A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) está envolvida em um caso de grande repercussão política e judicial no Brasil. Ela foi condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 10 anos de prisão pelos crimes de invasão de dispositivo informático e falsidade ideológica, relacionados à invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e à inserção de documentos falsos, incluindo um mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes.
Além da pena de prisão, Zambelli foi multada em R$ 2 milhões e teve seu mandato parlamentar cassado, com a perda do cargo ocorrendo após o trânsito em julgado da decisão, ou seja, quando não houver mais possibilidade de recurso .
Antes da condenação, Zambelli arrecadou ao menos R$ 285 mil por meio de uma vaquinha online, com o objetivo declarado de arcar com eventuais multas judiciais. A arrecadação gerou controvérsias, especialmente após a confirmação de sua fuga do país, o que levantou questionamentos sobre a destinação dos recursos.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou Zambelli e o hacker Walter Delgatti Neto por invasão aos sistemas do Poder Judiciário e inserção de documentos falsos, incluindo um mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes. A denúncia alegou que Zambelli teria sido a autora intelectual da invasão, enquanto Delgatti executou as ações técnicas .
O caso é emblemático, pois envolve uma parlamentar federal acusada de crimes cibernéticos graves, com implicações significativas para a credibilidade das instituições judiciais brasileiras.