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A indefinição sobre o caso do deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ) é o mais novo capítulo da prática da Câmara de até agora fazer vistas grossas em relação a deputados bolsonaristas que estão fora do Brasil para evitar processos judiciais e que têm mantido o mandato parlamentar. Eduardo Bolsonaro (PL-SP) falta às sessões desde março, período em que a manutenção de seus assessores custou mais de R$ 1 milhão aos cofres públicos. Carla Zambelli (PL-SP) está presa na Itália e foi afastada do cargo, mas a Câmara posterga há cinco meses o cumprimento da decisão do STF (Supremo Tribunal Federal).

A indefinição sobre o caso do deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ) tornou-se o mais novo capítulo na série de impasses envolvendo parlamentares bolsonaristas que deixaram o Brasil para evitar processos judiciais, mas que continuam mantendo seus mandatos e prerrogativas na Câmara dos Deputados.

Ramagem, investigado pela Polícia Federal, está fora do país há semanas, e a Mesa Diretora ainda não tomou providências formais sobre sua ausência prolongada nem sobre possíveis medidas disciplinares. A situação acentuou o debate sobre a suposta disposição da Câmara em fazer vistas grossas a casos similares.

Outro caso que pressiona a instituição é o do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), ausente das sessões desde março. Apesar da falta reiterada, o parlamentar mantém equipe completa em Brasília, cuja manutenção já custou mais de R$ 1 milhão aos cofres públicos nesse período. Especialistas apontam que, pelas regras regimentais, ausências prolongadas sem justificativa poderiam motivar análise da Corregedoria e até abertura de processo disciplinar o que não ocorreu.

A situação da deputada Carla Zambelli (PL-SP) acirra ainda mais o impasse. Presa na Itália desde junho, ela já foi formalmente afastada do exercício do mandato por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). Contudo, a Câmara está há cinco meses sem concluir o trâmite interno necessário para oficializar o afastamento e instaurar o procedimento previsto para parlamentares impedidos de exercer suas funções.

A demora tem sido interpretada por parlamentares e analistas como parte de um padrão de atuação da Casa, que evita decisões que possam gerar desgaste político ou abrir precedentes futuros. Enquanto isso, crescem as críticas de que a omissão legislativa reforça uma percepção de tratamento diferenciado a deputados alinhados ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

A Mesa Diretora ainda não apresentou previsão para deliberação sobre nenhum dos três casos. Enquanto isso, o impasse segue alimentando pressões internas e externas por mais transparência e rigor no cumprimento das regras parlamentares.

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