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A Justiça condenou a 30 anos e 10 dias de prisão em regime fechado Joaquim José da Silva Neto (Quinca), de 46 anos, acusado de matar Iara da Paixão Souza, de 11 anos. O crime aconteceu no dia 23 de março de 2018, no distrito de Canabrava, zona rural de Malhada. A família da vítima realizou manifestação silenciosa durante todo dia em frente ao Fórum. O júri popular de Quinca foi realizado nesta terça-feira (28) no plenário do Fórum Ministro Adhemar Raimundo da Silva, em Carinhanha.Em depoimento, Quinca negou que tenha assassinado Iara da Paixão. Questionado pelo magistrado Arthur Antunes Amaro Neves sobre as acusações, ele respondeu que tudo não passa de perseguição política. O Ministério Público (MP), através do promotor Ariomar José Figueiredo da Silva, se manifestou pela condenação do réu, alegando que Quinca além de matar a pauladas Iara, ele ainda teria estuprado a vítima, no entanto, Quinca só foi denunciado por homicídio. Em relação ao crime de estupro, Quinca não foi denunciado por falta de provas. O advogado de defesa Vital Farias alegou que não havia materialidade para condenação e que o testemunho de Zenildo Guedes era mentiroso e tinha como objetivo condenar o réu. Ao proferir a sentença, o magistrado Arthur Antunes Amaro Neves destacou que o crime envolveu ação cruel de tortura, linchamento com objetos e contundentes. Ademais, há relatos de que o acusado coagiu uma testemunha e tentou incriminar outra pessoa. Ele afirmou que a PRISÃO PREVENTIVA de Quinca, com a finalidade de resguardar a ordem pública, com fundamento nos art. 311, 312, §1º e 313, I do CPP. Em novembro de 2019, o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) condenou Quinca a oito anos e seis meses de prisão em regime fechado pelo estupro de uma adolescente na comunidade de Lagoa dos Patos, também em Malhada.
Via Folha do Vale