Movimentos sociais organizaram atos em todos os estados brasileiros, menos no Distrito Federal. Em São Paulo, os discursos das lideranças lembraram o tema do Grito dos Excluídos de 2023.
A resposta é uma lista de direitos que ainda não chegaram a uma boa parte dos brasileiros, como moradia, água potável e alimentação.
O Grito dos Excluídos acontece desde 1995, e foi criado como um contraponto ao Grito do Ipiranga e à história oficial da independência que veio das mãos de um príncipe. Este ano em São Paulo, o ato começou com um café da manhã para pessoas em situação de rua na Praça da Sé e depois uma caminhada até o Monumento às Bandeiras, a gigantesca escultura em frente ao parque do Ibirapuera em que homens brancos a cavalos seguem à frente de homens e mulheres pretos e indígenas escravizados.
Na caminhada dos excluídos, no lugar de tanques de guerra, pessoas como Conceição Guimarães, do movimento Unificação das Lutas por Cortiços e Moradias.
O deputado estadual pelo PT, Renato Freitas, que é do Paraná, também participou do ato em São Paulo. Ele explicou o motivo.
Este ano, a Secretaria de Segurança de São Paulo não permitiu que os manifestantes caminhassem pela Avenida Paulista, o tradicional ponto de partida da caminhada até o monumento às bandeiras. O ouvidor das Polícias do Estado, Cláudio Aparecido da Silva participou das negociações que definiu um trajeto alternativo e acompanhou a manifestação.
Com o caminho alternativo, os manifestantes atravessaram ruas residenciais de um dos bairros mais ricos de São Paulo, a Vila Mariana, e acabaram ouvindo críticas e provocações de moradores e curiosos. Uma briga entre manifestantes e um homem à paisana que se identificou como policial chegou a ser ensaiada, mas foi contida e pouco depois de meio dia, os manifestantes chegaram ao destino sem maiores registros de violência.
Fonte: Radio Agencia