Avanço na vacinação: Brasil sai da lista dos 20 países com mais crianças não vacinadas

  O Brasil dá mais um passo importante na proteção da saúde das crianças. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), o país avançou no Movimento Nacional pela Vacinação e saiu da lista dos 20 países com mais crianças não vacinadas no mundo.

Após enfrentar quedas consecutivas nas coberturas vacinais desde 2016, sendo uma das razões a propagação de desinformação sobre a segurança e eficácia das vacinas, o Brasil registrou a perda de conquistas importantes do programa de vacinação, como a erradicação da varíola e a eliminação da circulação do vírus da poliomielite.

Em 2021, o país ocupava o 7º lugar no ranking. Para mudar este cenário, o governo brasileiro anunciou, em 2023, o Movimento Nacional pela Vacinação e conseguiu aumentar as taxas de vacinados no país. A iniciativa foi criada com o objetivo de retomar a confiança da população na ciência, no Sistema Único de Saúde (SUS) e nas vacinas.

As diversas ações brasileiras em diferentes frentes fizeram com que o país saísse do ranking dos 20 países com mais crianças não imunizadas do mundo. Foi justamente em 2023 que 13 das 16 principais vacinas do calendário infantil apresentaram aumento das coberturas vacinais em todo o Brasil, se comparadas às coberturas registradas em 2022.

“Em fevereiro de 2023, logo que assumimos a gestão, demos largada no Movimento Nacional pela Vacinação, um grande pacto para a retomada das coberturas vacinais. O Zé Gotinha viajou pelo Brasil, levando a mensagem de que vacinas salvam vidas. E hoje, com o reconhecimento da UNICEF e da Organização Mundial da Saúde, confirmamos que o Brasil se destacou positivamente com a retomada das coberturas vacinais”, defendeu a ministra da Saúde, Nísia Trindade.

A ministra agradeceu os esforços de todos para conquistar os avanços na vacinação. “Tudo isso foi possível com o empenho e o trabalho dos profissionais da saúde e dos gestores estaduais e municipais. Nosso agradecimento a todos aqueles que se mobilizaram, que levaram as crianças para atualizar a caderneta de vacinação e que confiaram no Sistema Único de Saúde”, conclui.

Conquista em números

O relatório mostra, por exemplo, que o número de crianças que não receberam nenhuma dose da DTP1, que protege contra difteria, tétano e coqueluche, caiu de 418 mil em 2022 para 103 mil em 2023. O número de crianças brasileiras que não receberam a DTP3 também teve uma queda expressiva: de 846 mil em 2021 para 257 mil em 2023. No Brasil, a DTP é administrada pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI), como a vacina Pentavalente.

Entre os destaques de crescimento estão as vacinas contra a poliomielite (VIP e VOP), pentavalente, rotavírus, hepatite A, febre amarela, meningocócica C (1ª dose e reforço), pneumocócica 10 (1ª dose e reforço), tríplice viral (1ª e 2ª doses) e reforço da tríplice bacteriana (DTP).

Nos 13 imunizantes que apresentaram recuperação, a média de alta foi de 7,1 pontos percentuais, sendo que nacionalmente a que mais cresceu em cobertura foi o reforço da tríplice bacteriana, com 9,23 pontos, passando de 67,4% para 76,7%. Ao avaliar a cobertura vacinal entre os estados, a maioria apresenta melhoria na cobertura das 13 vacinas citadas.

Fonte: Governo Federal

Raiane Borges de Oliveira

Raiane Borges de Oliveira

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