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Câmara aprova uso de recursos do pré-sal para renegociação de dívidas do agronegócio

A Câmara dos deputados aprovou, nesta quarta-feira (16), um projeto de lei que autoriza o uso de até R$ 30 bilhões do Fundo Social para que produtores rurais, cooperativas e associações renegociem dívidas financeiras relacionadas a perdas causadas por eventos climáticos extremos. O texto agora segue para análise do Senado Federal.

Foram 346 votos a favor do projeto e 93 contra. Um deputado se absteve e 72 estavam ausentes.

Criado em 2010, o Fundo Social é abastecido com recursos oriundos da exploração do pré-sal, com destinação obrigatória para áreas como educação, saúde, meio ambiente e desenvolvimento regional e social.

No início de julho, o Congresso já havia aprovado o uso de até R$ 15 bilhões do Fundo Social para o programa Minha Casa, Minha Vida. Se o novo projeto for aprovado pelo Senado, parte desses recursos poderá ser redirecionada para o setor agropecuário.

A proposta, apresentada em substitutivo pelo relator Afonso Hamm (PP-RS), autoriza o governo a utilizar o superávit do Fundo Social de 2024 e 2025 para renegociar débitos oriundos de:

  • Operações bancárias não classificadas como crédito rural, mas voltadas às necessidades do produtor;
  • Parcelas vencidas ou a vencer de operações de crédito rural contratadas até 30 de junho de 2025;
  • Empréstimos utilizados para amortizar dívidas rurais, contratados até a mesma data;

     Limites e condições

    Pelo texto aprovado:

    • Produtores individuais poderão renegociar até R$ 10 milhões;
    • Associações e cooperativas poderão renegociar até R$ 50 milhões.

     

    As renegociações poderão ser realizadas por meio do BNDES ou de outras instituições financeiras. Os contratos terão:

    • Carência de até três anos;
    • Prazo de pagamento de até 10 anos, podendo chegar a 15 anos em casos específicos.

     

    As taxas de juros variam conforme o perfil do beneficiário:

    • 3,5% ao ano para pequenos produtores e beneficiários do Pronaf;
    • 5,5% para médios produtores e beneficiários do Pronamp;
    • 7,5% para os demais produtores.

    Fonte; g1

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