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O cantor Gusttavo Lima pediu para os fãs rezarem por ele e disse que está prestes a ‘jogar a toalha’ após uma série de suspeitas em contratações por prefeituras para shows. “É muito triste ser esculhambado, tratado como se fosse um criminoso, um bandido. Aqui existe um ser humano, um pai de família, ninguém aqui é bandido”, disse, em live no Instagram nessa segunda-feira (30) à noite. Lima afirmou que não tem ligação com dinheiro público e acredita ser alvo de perseguição. Disse ainda que está machucado emocionalmente, mentalmente e fisicamente.
O cantor afirmou que as apresentações foram contratadas pelos valores normalmente cobrados. “Eu sou um trabalhador normal, como todos vocês”, destacou durante o desabafo. “Não é por ser uma prefeitura que eu vou deixar de cobrar o meu valor. Eu também tenho minhas contas para pagar. Não é por fazermos música que precisamos receber menos”, argumentou. “Estou sofrendo perseguições na minha vida pessoal e profissional. Estou cansado, quase jogando a toalha”. Disse.
Na última quarta-feira (25), o MPRR (Ministério Público do Estado de Roraima) abriu uma investigação sobre a contratação de Gusttavo Lima na cidade de São Luiz (RR), com cachê fixado em R$ 800 mil.
Gusttavo Lima também teve um show contratado no valor de R$ 1,2 milhão pela prefeitura de Conceição do Mato Dentro (MG), a cerca de 164 km da capital Belo Horizonte. O contrato, assinado em 11 de abril, faz parte da programação de uma festividade na cidade e virou alvo de pedido de investigação no MPMG (Ministério Público de Minas Gerais). Dias após a divulgação do valor pago pelo show, a prefeitura da cidade cancelou a apresentação e explicou que o motivo seria a tentativa de “guerra política e partidária que não tem nenhuma ligação com o município e nem tampouco com a tradicional festa” do Jubileu do Senhor Bom Jesus de Matosinhos. O contrato estabelece uma multa de 50% do valor total, caso a apresentação fosse adiada ou cancelada. No ato de assinatura do documento, Gusttavo Lima já recebeu R$ 600 mil, sendo assim não precisará devolver o dinheiro recebido. Apesar disso, a prefeitura negou o pagamento adiantado de parte do valor acertado.
O assunto começou a ser levantado após o cantor Zé Netto, da dupla Zé Netto e Cristiano ter dito em um Show que a dupla não usa dinheiro público, fazendo referência à Lei Rouanett. Após a fala, usuários do instagram começaram a investigar os shows da dupla e de outros cantores sertanejos, e encontraram cachês que ultrapassam R$1 milhão.
Na Bahia, A procuradora-geral de Justiça Norma Cavalcanti expediu recomendação aos promotores de Justiça que orienta a atuação do Ministério Público estadual no acompanhamento e fiscalização dos gastos públicos com os festejos juninos deste ano. A recomendação foi publicada em 10 de maio, no Diário de Justiça Eletrônico.
Conforme a recomendação, os promotores de Justiça devem atuar junto aos gestores a fim de que as contratações sejam adequadamente fundamentadas, com clara descrição de seus objetos, formas de execução, prestação de contas e detalhamento dos componentes de seus valores globais, providências que, se adotadas, contribuirão para a correta realização dos gastos públicos e sua correta fiscalização.
Com Informações do UOL