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Defesas marcam o 2º dia do julgamento de Bolsonaro no STF com clima de tranquilidade em Brasília

 O Supremo Tribunal Federal (STF) deu continuidade, nesta quarta-feira (3), ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e de aliados militares, acusados de participação em tentativa de golpe de Estado. A sessão, realizada pela Primeira Turma da Corte, foi dedicada integralmente às sustentações orais das defesas, e ocorreu em clima de serenidade tanto dentro quanto fora do tribunal.

Durante a manhã, os advogados de defesa de Bolsonaro, dos generais Augusto Heleno, Walter Braga Netto e do ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira usaram o tempo disponível para tentar afastar as acusações. Os defensores alegaram inconsistências na denúncia da Procuradoria-Geral da República, criticaram a velocidade do processo e questionaram a legalidade de delações premiadas que embasam a acusação.

Segundo os advogados, o processo estaria sendo conduzido com parcialidade e estaria sendo utilizado politicamente. A defesa do ex-presidente reiterou que ele jamais incentivou ou organizou qualquer tentativa de ruptura institucional.

Ao contrário de episódios anteriores envolvendo Bolsonaro, o entorno do STF permaneceu calmo. Poucos apoiadores se reuniram em frente à Corte, e não foram registradas manifestações expressivas ou tumultos. A residência de Bolsonaro, em Brasília, também foi alvo de cobertura midiática, mas não atraiu militantes nem gerou protestos.

Essa aparente apatia dos apoiadores é vista por analistas como um sinal de enfraquecimento do apoio popular ao ex-presidente, diante do avanço das investigações e da possibilidade concreta de condenação.

A próxima sessão do julgamento está marcada para a próxima terça-feira, 9 de setembro, quando o relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, apresentará seu parecer. Em seguida, os demais ministros da Primeira Turma deverão votar, o que poderá ocorrer ao longo da semana, com sessões também previstas para os dias 10 e 12 de setembro.

Caso o STF decida pela condenação, Bolsonaro pode ser penalizado com perda de direitos políticos por até oito anos, além de possíveis implicações penais. Os demais réus, todos ligados à cúpula militar de seu governo, também enfrentam acusações graves, incluindo tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito.

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