O mundo ganhou 684 mil novos milionários em 2024, representando um aumento de 1,2% em relação ao ano anterior, segundo o Relatório Global de Riqueza de 2025, divulgado pelo banco suíço UBS (Union Bank of Switzerland). Atualmente, o planeta contabiliza cerca de 60 milhões de milionários, com um patrimônio total de aproximadamente US$ 226,47 trilhões em ativos.
A pesquisa analisou 56 mercados que juntos representam 92% da riqueza global. A América do Norte e a China foram os principais impulsionadores desse crescimento, beneficiados pela recuperação do mercado imobiliário, valorização dos ativos financeiros e avanços nos setores de tecnologia e serviços.
A previsão é de que até 2029 mais 5,3 milhões de pessoas ingressem no grupo dos milionários, consolidando a expansão da classe alta global, especialmente em países emergentes da Ásia e América Latina.
No entanto, apesar do crescimento no número de milionários, o relatório aponta para a crescente concentração de riqueza. A maior parte do patrimônio permanece nas mãos de uma pequena parcela da população, aumentando a desigualdade. Economistas do UBS alertam que o aumento dos milionários não indica uma maior equidade, já que a distância entre ricos e pobres tende a crescer.
O relatório revela que, mesmo diante de desafios como a inflação e tensões geopolíticas, a criação de riqueza global segue em ritmo acelerado, impulsionada por investimentos e valorização de ativos. Ainda assim, o crescimento desigual reforça a necessidade de políticas públicas que promovam maior inclusão e distribuição de renda no mundo.