Congresso: Empoderado na relação com o Executivo, o Congresso mais conservador da história se voltou para a agenda econômica e procurou afastar-se da polarização entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no seu primeiro ano. Mesmo com uma Casa composta majoritariamente por integrantes que se definem como conservadores e com o clima acirrado na maior parte do tempo, o que garantiu muitos cliques nas redes sociais, propostas ideológicas não dominaram a agenda nem prosperaram. Foi nesse caminho que o Legislativo conseguiu aprovar a primeira reforma tributária após a redemocratização. Lula retomou a política do toma lá, dá cá implementada nas gestões petistas e entregou ministérios com “porteira fechada” ao Centrão, dando liberdade ao partido do ministro para nomear todos os cargos na pasta, além de liberar R$ 32,7 bilhões em emendas para garantir aprovações relevantes. A fórmula foi a saída para um governo que não fez maioria no Congresso.
Caged: Brasil já gerou 1,9 milhão de empregos formais em 2023
A economia brasileira já gerou 1,9 milhão de novos postos de trabalho durante os 11 primeiros meses deste ano, segundo dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta quinta-feira (28). A meta do Ministério do Trabalho e Emprego é gerar 2 milhões de vagas até dezembro.
Em novembro, foram geradas 130 mil vagas. Foi o segundo pior resultado do ano, só à frente de janeiro, quando foram geradas 86 mil vagas. Em novembro de 2022, haviam sido 127 mil vagas criadas. No mês passado, foram 1,8 milhão de admissões e 1,7 milhão de demissões.
O secretário executivo do Ministério do Trabalho e Emprego, Francisco Macena, afirmou que os resultados de 2023 são positivos, pois estão acima das expectativas divulgadas no início do ano: “Todos os analistas econômicos avaliaram que passaríamos por uma grande dificuldade.”
Dezembro, lembrou ele, é um mês historicamente ligado a demissões. No ano passado, foram cortados 455 mil postos de trabalho. Ainda assim, o país gerou 2,4 milhões de vagas no ano. Este ano, até aqui, é pior para geração de vagas formais de trabalho –ou seja, com carteira assinada– desde 2020.
Índices de violência registram queda no Brasil em 2023
Os índices de violência no Brasil recuaram nos 10 primeiros meses de 2023, em comparação com o mesmo período do ano passado. Em destaque, estão as reduções dos indicadores de homicídio, feminicídio, lesão corporal seguida de morte, latrocínio, roubo de cargas e de veículos, entre outros. Os dados completos estão disponíveis para consulta, a partir desta quarta-feira (27), no site do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), e serão atualizados mensalmente. “Ao analisar os dados que agora estão disponíveis a todos os cidadãos, é possível ver que há um movimento de retomada do combate efetivo à criminalidade.
Tivemos atraso nos últimos quatro anos, com uma política armamentista, irresponsável, e que não compactuamos. Em nossa visão, o Estado é quem tem que combater o crime, e estamos fazendo isso, atuando contra organizações criminosas, estruturando o Sistema Único de Segurança Pública, garantindo a segurança na Amazônia e nas fronteiras, entre outras ações”, relata o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino.
Preço de alimentos e juros contribuíram para frear inflação em 2023
O comportamento dos preços dos alimentos e a política monetária, que impôs juros altos na economia em 2023, foram fatores que ajudaram a inflação ficar controlada neste ano que termina. A avaliação é de especialistas ouvidos pela Agência Brasil, nesta quinta-feira (28), quando foram divulgados dois índices de inflação. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), tido como a prévia da inflação oficial do país, fechou 2023 em 4,72%, o menor resultado dos últimos três anos. O dado é do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Calculado pela Fundação Getulio Vargas, o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) apresentou deflação no ano, ou seja, a média dos preços ficou em queda de 3,18%. O resultado marca uma inflexão do índice, que chegou a fechar 2020 em 23,14%. O ano de 2021 também ficou na casa de dois dígitos, 17,78%. Em 2022, sinalizou desaceleração, terminando em 5,45%.