Em uma publicação recente na rede social Truth Social, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, referiu-se ao presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, como um “ditador sem eleições”. Trump afirmou que Zelensky “precisa agir rápido ou não terá mais um país” .
Essas declarações ocorrem em meio a negociações entre Washington e Moscou para encerrar a guerra na Ucrânia, das quais Kiev foi excluída. Trump criticou Zelensky por, segundo ele, ter convencido os EUA a gastar US$ 350 bilhões em uma guerra “que não pode ser vencida” . Além disso, o presidente americano questionou a ausência de eleições na Ucrânia durante o período de lei marcial, sugerindo que Zelensky estaria evitando o processo eleitoral devido a uma suposta baixa popularidade.
Em resposta, Zelensky afirmou que Trump está preso em uma “bolha de desinformação” proveniente da Rússia . O líder ucraniano destacou que a realização de eleições durante a lei marcial é constitucionalmente proibida na Ucrânia e que a prioridade atual é a defesa do país contra a agressão russa.
As negociações entre EUA e Rússia, realizadas recentemente em Riad, na Arábia Saudita, têm gerado preocupações entre os aliados europeus e autoridades ucranianas, que temem possíveis concessões que possam prejudicar a soberania e a integridade territorial da Ucrânia .
A postura de Trump representa uma mudança significativa na política externa dos EUA em relação ao conflito, priorizando a normalização das relações com a Rússia e colocando em segundo plano o apoio tradicional à Ucrânia .