A influenciadora digital e empresária Virginia Fonseca se tornou um dos nomes mencionados em meio à polêmica da CPI das Apostas Esportivas (CPI das Bets), instaurada no Congresso Nacional para investigar irregularidades no setor e possíveis envolvimentos de personalidades públicas na promoção de plataformas de jogos de azar online.
A Comissão Parlamentar de Inquérito foi criada para apurar denúncias sobre fraudes, lavagem de dinheiro e aliciamento de jogadores por meio das casas de apostas online, que cresceram exponencialmente nos últimos anos no Brasil. A CPI tem convocado influenciadores digitais, jogadores e representantes das plataformas, com o objetivo de entender o papel de figuras públicas na divulgação desses serviços — muitas vezes, sem transparência ou responsabilidade social.
Virginia, que possui mais de 45 milhões de seguidores no Instagram e atua em diversas frentes no mundo dos negócios e da mídia, foi apontada por parlamentares como uma das influenciadoras que, supostamente, teriam feito publicidade direta ou indireta para sites de apostas. Apesar de ainda não haver comprovação de envolvimento direto com plataformas ilegais ou não regulamentadas, a simples menção do nome da influenciadora já causou grande repercussão nas redes sociais. Seguidores e críticos se dividiram entre apoio e cobrança por esclarecimentos.
Até o momento, Virginia não se pronunciou oficialmente sobre o caso, mas fontes próximas à influenciadora afirmam que ela estaria “tranquila” e que seus contratos publicitários sempre seguiram as normas legais e éticas. Por outro lado, o nome dela passou a circular entre os assuntos mais comentados no X (antigo Twitter), com internautas exigindo mais responsabilidade por parte dos influenciadores que promovem produtos e serviços a milhões de jovens e adolescentes.
Atualmente, a regulamentação de apostas esportivas no Brasil está em processo de formalização, com o governo federal tentando estabelecer regras claras para a atuação das plataformas e para a publicidade nesse setor. Até que esse processo seja concluído, muitos contratos e ações de marketing podem estar na chamada “zona cinzenta” da legalidade.
O caso reacende o debate sobre a responsabilidade dos influenciadores digitais na divulgação de produtos e serviços, principalmente quando envolvem riscos financeiros e psicológicos para o público. A presença de Virginia Fonseca no centro dessa discussão mostra como o alcance das redes sociais pode ter implicações sérias fora do ambiente digital.