Governo Lula sofre derrotas com anulação do leilão do arroz e devolução da medida provisória do PIS/Cofins.

leilão de importação de 263 mil toneladas de arroz foi anulado pelo governo federal nesta terça-feira (11) após indícios de incapacidade técnica e financeira de algumas empresas vencedoras. O governo pretende fazer um novo leilão.

O evento também tem sido criticado pelo fato de um ex-assessor parlamentar do secretário de Política Agrícola, Neri Geller, ter intermediado a venda de 44% de arroz no leilão. Por causa disso, o Ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, disse na terça que Geller havia deixado o cargo à disposição. No entanto, portaria publicada na madrugada desta quarta-feira (12) indica que a exoneração partiu do próprio governo.

Oposição e associações de produtores alegam que houve favorecimento do ex-assessor de Geller, Robson Luiz de Almeida França, que nega as acusações (entenda abaixo).

Em relação à capacidade técnica das vencedoras, o que se tem apontado é que três das quatro vencedoras não são do ramo de arroz ou de importação, o que, segundo analistas de mercado, poderia gerar problemas na operação. Essas empresas receberiam recursos do governo para importar e entregariam o produto em unidades da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Por outro lado, nenhuma companhia tradicional participou do leilão, segundo uma das bolsas que operou a negociação (veja detalhes abaixo).

A Conab explicou que, no atual modelo de leilão, a estatal só fica sabendo quem são as empresas vencedoras após os resultados da operação. Isso porque quem intermedia as negociações são as bolsas de cereais.

O arroz seria vendido em pacotes de 5 quilos por um preço tabelado de R$ 20 e teria o rótulo do governo. Nos supermercados de SP, o pacote de 5 quilos tem sido vendido, em média, por R$ 30.

O governo decidiu importar arroz poucos dias depois do início das enchentes no Rio Grande do Sul para evitar alta nos preços do alimento, diante da dificuldade pela qual o estado passava para transportar o grão para o restante do país.

Raiane Borges de Oliveira

Raiane Borges de Oliveira

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