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No mesmo dia em que o presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a ameaçar o Judiciário quanto ao resultado das eleições de 2022, o Ministério da Defesa e as Forças Armadas divulgaram nota nessa quarta-feira (30) chamando o golpe de 1964 de “marco histórico da evolução política brasileira”. A ordem do dia alusiva ao 31 de março, última do mandato de Bolsonaro, é assinada pelos comandantes das três Forças e pelo ministro da Defesa, Walter Braga Netto, que deixará o comando da pasta nesta quinta (31) com a expectativa de ser vice na chapa do presidente à reeleição. “O Movimento de 31 de março de 1964 é um marco histórico da evolução política brasileira, pois refletiu os anseios e as aspirações da população da época”, diz texto divulgado pela Defesa. O termo “movimento” para se referir ao golpe já havia surgido nos anos anteriores. A nota também diz que “a história não pode ser reescrita, em mero ato de revisionismo, sem a devida contextualização”. O regime enaltecido pelos militares teve uma estrutura dedicada a tortura, mortes e desaparecimento. Em 2014, a Comissão Nacional da Verdade (CNV) listou 191 mortos e o desaparecimento de 210 pessoas.
Informações da Folha de São Paulo