A preocupação do Brasil com uma possível escalada da violência pelo Oriente Médio se agravou neste sábado (13), com o ataque do Irã a Israel.
Desde outubro, quando o Hamas invadiu Israel, o sentimento do governo brasileiro era de que as coisas poderiam piorar muito se outros países ou grupos militares entrassem também em conflito na região.
E foi o que aconteceu.
Seis meses separam o ataque do Hamas do ataque do Irã, ambos contra um mesmo alvo: Israel.
Três comandantes da Guarda Revolucionária iraniana acabaram em morte. Desde então, era esperada uma resposta do Irã contra Israel.
Autoridades do alto escalão da diplomacia brasileira afirmaram à CNN que veem o Oriente Médio como um campo minado, cheio de sensibilidades, capazes de acionar conflitos simultâneos e com efeitos devastadores.
Por essa visão, o comunicado oficial do governo brasileiro, divulgado na noite desse sábado, fala em “máxima contenção” de todos envolvidos, mas não condena o Irã taxativamente.
Para o governo brasileiro, seguindo a mesma lógica do conflito Hamas-Israel, tanto iranianos quanto israelenses precisam parar com o conflito.
Até os primeiros minutos já deste domingo (14), o único ministro de Lula a se manifestar publicamente foi o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira.
“Condenamos o ataque do Irã sobre Israel. Queremos paz no Oriente Médio. Exigimos o fim dos ataques à Gaza por parte de Israel”, disse.
“Evidentemente, ao condenar o ataque do Irã a Israel, condenamos igualmente o ataque de Israel à embaixada iraniana na Síria. O mundo precisa ajudar a evitar a presente escalada bélica no Oriente Médio”, pontuou em suas redes sociais.