No Dia da Consciência Negra, o governo federal lançou um pacote de medidas para combater a desigualdade racial. Autoridades e lideranças de movimentos sociais prestigiaram a cerimônia no Palácio do Planalto, em que a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, anunciou 13 ações. Entre elas:
- tombamento de quilombos e a regularização fundiária de áreas quilombolas;
- qualificação do atendimento psicossocial para familiares de vítimas de violência;
- reconhecimento do hip-hop como referência cultural brasileira;
- investimento em pesquisa, monitoramento e avaliação de dados sobre ciganos, quilombolas, povos de terreiro com foco em políticas públicas para esses grupos.
“Enfrentar o racismo é combater as raízes das desigualdades e da exclusão social. Um Brasil que promove a igualdade racial é um país mais desenvolvido, mais justo e democrático para todas as pessoas”, disse a ministra.
O presidente Lula disse que as ações são uma reparação histórica.
“Nós queremos apenas recompor aquilo que é a realidade de uma sociedade democrática. Nós não somos diferentes pela pele, pelo cabelo, pela roupa, porque nós somos irmãos. Viemos do mesmo pai, moramos no mesmo planeta e temos o sangue da mesma cor”, falou o presidente.
O Dia Da Consciência Negra foi criado para estimular a reflexão sobre a importância da população negra para o Brasil e como marco na luta por justiça social e igualdade. A data foi escolhida em referência ao dia da morte de Zumbi dos Palmares, liderança da resistência e da luta contra a escravidão
Bancada Negra na Câmara
Na Câmara dos Deputados, a Bancada Negra, criada recentemente, foi oficialmente instalada. São 120 parlamentares pretos e pardos que terão direito a voz e voto em reuniões de líderes, que definem a pauta da Câmara.
A bancada pediu ao presidente da Casa, Arthur Lira, do Progressistas, a votação de um projeto para tornar o dia da Consciência Negra um feriado nacional. Hoje, a data é feriado apenas em alguns estados e municípios.