Foto: reprodução/ Veja Abril
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Depois de mais de um mês de depoimentos em um tribunal na Virgínia, Estados Unidos, o júri do caso de difamação entre os atores Johnny Depp e Amber Heard chegou a um veredito.
Johnny Depp venceu o processo de difamação que move contra a ex-mulher, que disse ter sido vítima de violência doméstica.
O júri considerou que Heard difamou seu ex-marido em um artigo do Washington Post de 2018 no qual ela escreveu sobre ser “uma figura pública que representa o abuso doméstico”.
De acordo com sua decisão, as afirmações de Heard são falsas e difamatórias porque tratavam especificamente de seu relacionamento com Depp. O ator será indenizado em US$ 15 milhões (R$ 72 milhões).
Repercussão na Internet
O número de pessoas que assistem todas as noites aos noticiários da TV nos Estados Unidos é de cerca de 18 milhões. O número de visualizações de vídeos no TikTok com a hashtag #justiceforjohnnydepp é de cerca de 18 bilhões.
O confronto nos tribunais entre as duas estrelas de Hollywood é um lembrete de que o conceito de “mídia de massa” ou de um meio dominado por poucas organizações de notícias está começando a ruir.
Na visão de alguns, isso pode ser profundamente problemático em alguns contextos.
Há dois processos em questão — um que é decidido pelo júri do tribunal e outro pelo público.
Desde os primeiros dias do julgamento, ficou claro que a internet estava amplamente ao lado de Johnny Depp e profundamente desconfiada de Amber Heard.
Este é um caso em que todos tiveram o mesmo acesso ao conteúdo do processo. O jornalista que está no tribunal vê a mesma coisa que o público em casa. O campo foi nivelado. Esse acesso permitiu que milhões de pessoas se engajassem e discutissem o caso.
Também aboliu fronteiras do jornalismo tradicional, de sua linguagem e convenções estilísticas.
Existem robôs e contas falsas na internet, mas a grande maioria do tráfego é composta por pessoas reais que querem participar de uma barulhenta conversa global sobre justiça, verdade e conflito nos relacionamentos.
Tudo pode ter acontecido de uma forma ruidosa e brusca, mas o caso mobilizou pessoas que muitas vezes sentem que o noticiário é distante dos temas que realmente as afetam.
Informações da BBC e G1