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O líder indígena Júnior Hekurari disse em depoimento à Polícia Federal, na quinta-feira (5), que alguns Yanomamis que estavam desparecidos após confronto com garimpeiros foram encontrados. Segundo ele, os indígenas que moravam na comunidade de Aracaçá deixaram o local e agora residem em uma comunidade chamada Palimiú. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.
O desaparecimento havia sido denunciado pelo conselho Distrital de Saúde Indígena Yanomami e Ye’kwana (Condisi-YY), entidade presidida por Hekurari.
A tensão entre os Yanomami e os garimpeiros em Roraima se intensificou no final de abril, após a denúncia de quem uma criança indígena de 12 anos teria sido sequestrada, estuprada e morta por garimpeiros. Depois disso, quando a força tarefa da PF foi à comunidade de Aracaçá para investigar, encontrou o lugar completamente vazio e as casas queimadas.
O Condisi explica que há uma tradição da aldeia, de queimar e deixar o local de habitação após a morte de um parente e já trabalhava com essa possibilidade. O conselho acrescenta ainda que os indígenas foram coagidos por garimpeiros a não dar informações sobre o que havia acontecido à Polícia Federal, que esteve no local e disse não ter encontrado indícios do crime.
Na última quarta-feira (4), a PF anunciou que irá instalar uma base em Roraima, que servirá de apoio à fiscalização do garimpo ilegal na região.
Via Metro 1